Nós, Leigas do Pequeno Projeto e Irmãs de São José de São João dos Patos, Maranhão, nos inspiramos nesta frase de Leonardo Boff do livro: “A casa comum, a espiritualidade, o amor”, para partilhar nosso envolvimento na comunidade, neste tempo de pandemia. Enquanto nos resguardamos do contágio pelo Coronavírus, nossa sensibilidade nos moveu em direção aos que estão no cuidado da saúde e na limpeza da nossa casa comum. Impossível ficar indiferente a tanta solicitude e heroicidade por parte dos abnegados profissionais da saúde que arriscam a própria vida para cuidar da vida de tantas pessoas infectadas pelo vírus. E também dos garis que recolhem os dejetos e limpam as ruas a fim de garantir a limpeza dos espaços por onde a vida circula.
Neste período desenvolveu-se muitos momentos de oração pelas redes sociais e pelo WhatsApp, iniciativas muitos louváveis. Contudo, o amor-atitude mexeu conosco e decidimos, encontrar uma forma de nos tornar mais próximas, neste tempo de distanciamento social. Veio então a ideia de somar nossos esforços e preparamos um lanche, uma vez por semana, durante dois meses, para os profissionais de saúde que atendem na Unidade de pronto Atendimento (UPA). Que é o lugar de referência da Covid 19, na Região. Esta ação foi realizada pelas LLPPs e Irmãs, que participam do Centro Alternativa Solidária. Foi muito gratificante para nós pois para o amor não há barreiras, não há distância.
Decidimos também ajudar os garis que nos servem e arriscam sua própria vida para cuidar da limpeza da cidade. Juntamos uma contribuição de cada um dos membros dos três grupos envolvidos na ação: Leigas, do Pequeno Projeto, CAS e Irmãs de São José e compramos um kit de higiene com cinco itens para entregar a eles. O secretário de obra do município nos forneceu a lista com o nome de 58 pessoas. Conseguimos fazer o Kit e entregar. O momento da entrega foi de muita alegria.
Essas, foram formas encontradas para estender nosso coração cuidadoso ás pessoas mais vulneráveis da nossa comunidade, neste tempo de pandemia, além de prepararmos 70 refeições diárias no Centro Alternativa Solidária CAS, dando continuidade à missão do Centro. Às crianças não veem, mas as mães buscam a comida, usando todas as medidas preventivas de higienização.
Em tempos de pandemia, o amor precisa sre mais criativo porque o coração é imperativo e não sobrevive se não amar. O verbo Cuidar se torna o caminho para expressar o amor pois quem cuida ama e quem ama cuida.
Ir. Rosalia Fávero e Pricila Keumana Sousa (LLPP)
São João dos Patos, Maranhão.
