Bolívia em tempo de pandemia
A maior mudança na nossa rotina diária esta sendo, sem dúvida, ficar em casa. Uma parada providencial que permitiu realizar o sonho de uma vida mais agradável. Estar juntos, fortalecer as relações, refazer-nos fisicamente e qualificar o nosso tempo de oração, de encontro conosco e com o Senhor. É um tempo valioso que nos permite ocuparmo-nos de coisas diferentes como fazer artesanato, jardins, bibliotecas, atualizar documentos, ler, estudar, partilhar a vida, etc.
Vivemos numa época de ligação planetária que nos mantém envolvidas de tal forma que não vemos o tempo passar e nos compromete a simples gestos de solidariedade. Aproveitamos este tempo para manter uma comunicação de solidariedade com a Congregação, a região, as comunidades, as famílias, os amigos, atendemos as pessoas por telefone. Esse é o único meio à nossa disposição para comunicar palavras de esperança e de apoio.
Algumas comunidades participam da Eucaristia, do terço, acompanham a missa do Papa e outros momentos de espiritualidade através das redes sociais. Algumas Irmãs também participam de missas nas paróquias que são transmiti-la ao vivo por meio do Facebook.
Trazemos em oração toda a humanidade sofredora afetada pela Pandemia
Durante este tempo da Semana Santa, as comunidades organizam-se para viver os momentos litúrgicos em suas casas. Na medida do possível e também em colaboração com os párocos, o uso das redes sociais ao serviço da fé, está ajudando o povo a viver esta situação com serenidade. Todos os días às 18 horas, nós das quatro comunidades da Região, rezamos por videochamada. É uma experiência nova e muito significativa. Trazemos em oração toda a humanidade sofredora afetada pela Pandemia. Rezamos por aqueles que estão ao serviço da saúde, dos militares e dos voluntários que dedicam o seu tempo ao cuidados das pessoas vulneráveis.
Algumas comunidades tiveram de fechar as portas das suas casas e abrir os seus corações para ajudar os irmãos mais pobres, recolhendo alimentos e distribuindo-os às famílias mais necessitadas com a colaboração dos LLPPs. Não é possível cruzar os braços, há irmãos e irmãs que têm fome porque não podem sair para trabalhar.
Todos temos de nos submeter às regras dadas pelo governo que declarou a quarentena total, temos de o fazer, o nosso país, a Bolívia, não tem estrutura no setor da saúde para enfrentar uma Pandemia desta magnitude. Continuamos a rezar para que o Nosso Deus tenha piedade da Sua humanidade criada!
Irmãs da região boliviana