Em Belém, cujo nome significa “casa do pão”, Deus nasce numa manjedoura porque não havia lugar para eles “dentro da casa”. Na cidade onde havia fartura, Deus chega até nós envolvido em faixas, pequeno, pobre, terno, indefeso, simples. Os que estão “fora de casa”, os que caminharam, como José e Maria, são os que, primeiramente, acolhem Jesus, o Emanuel, que será sempre Deus conosco. São eles, os pastores que, depois de terem visto Jesus, embora sem grande habilidade para falar, vão anunciá-Lo, de modo que «todos os que os ouviam ficavam maravilhados com aquilo que contavam» (Lc 2,18).
É ali, em Belém, apesar da falta de hospitalidade, de tanto egoísmo, de tantos “nãos” recebidos, que Deus diz “sim”. E, ao nascer numa manjedoura, nos ensina que o amor, a caridade e a simplicidade são valores que devemos preservar. Deus nos mostra que não precisamos de muitas coisas para viver.
Hoje, mundialmente, nos deparamos com muitas pessoas batendo de porta em porta, procurando um lugar para eles “dentro de casa”. Eles não procuram apenas um abrigo, mas de uma acolhida autêntica e aconchegante, uma relação que, por sua vez, toca o coração de quem acolhe e de quem é acolhido.
O que podemos fazer para abraçar uma vida mais simples? Neste Natal, como podemos superar o egoísmo, o fechamento e medo de arriscar e de sermos mais acolhedores do Cristo que deseja nascer “dentro de minha casa”?
Que nesta noite de Natal possamos também nós “subir a Belém”, para nos encontrar com o Menino Deus, o Emanuel Deus conosco e acolher a vida em sua plenitude.
Feliz Natal!
S. Sally
S. Ieda
S. Mariaelena
S. Philomina