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Congregação das Irmãs de São José de Chambéry | Notícias Gerais

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    19 de Set, 2017 | Lideran�a e o Mist�rio do Encontro

    A quarta-feira foi um dia de escuta profunda e de reflexão orante orientadas pela Dra. Ruth Patterson da Irlanda do Norte. Ruth é ministra presbiteriana e diretora do Ministério da Restauração, organização cristã sem denominação, comprometida com a paz e a reconciliação. Em quatro momentos, falou sobre liderança como serviço enraizada no amor e no perdão, retornando constantemente ao tema “Ousar o Mistério do Encontro”.
     
    Ela iniciou o dia considerando nosso chamado a viver como comunidade amada. Foi interessante ouvir que  “amada” é uma descrição de quem nós somos, mas é mais do que isso. É um mandato: “ser amada” e um desafio a viver com esta crença a nosso respeito. E sabendo que somos amadas nos dá a possibilidade de estarmos abertas para encontrar a outra. Olhando as histórias bíblicas, de Jacó se encontrando com Esaú, o filho pródigo retornando à casa de seu pai e a samaritana encontrando-se com Jesus no poço de Jacó, está claro que cada um teve que deixar seus medos, a fim de ir ao encontro do outro. Este processo inclui reconciliação consigo mesmo bem como com os outros, que é parte da jornada de transformação pessoal. Tudo isso se torna possível somente se soubermos permanecer em silêncio, para entrar no espaço de contemplação onde podemos olhar nossos medos e reconhecer-nos como amadas.
     
    Num segundo momento, Ruth voltou sua atenção sobre o perdão, essencial para o respeito mútuo que é fundamental para viver como uma comunidade amada. Toda pessoa precisa perdoar-se a si mesma e aos outros seja o que for que tenha acontecido no passado. A Bíblia está repleta de desafios e de mandatos para perdoar, a fim de podermos fazer a experiência do perdão de Deus. Se conservarmos ressentimentos e ódio, estamos colocando uma barreira e o perdão de Deus não pode chegar até nós. Perdoar é uma jornada, um processo que leva tempo. Não é um sentimento, mas uma escolha, uma decisão, que leva à liberdade. No fim deste segundo tempo, todas foram convidadas a, em silêncio, dar o perdão a alguém que ela ofendeu, a perdoar a si mesma e a dar o perdão a quem a feriu.
     
    Após o almoço, o enfoque voltou-se para a liderança e, então, refletimos sobre a vida de Pedro, em cinco momentos. Em Lc 5,1-11, vimos como Pedro, quando Jesus lhe disse para ir a águas mais profundas, reconheceu sua própria pequenez e fragilidade – um lembrete de que para ser um líder, a pessoa deve, primeiro, saber o que é ser seguidora.  Em Mt 16,13-23, Jesus perguntou a Pedro: “Quem vocês dizem que eu sou?” Esta é uma questão que cada uma é chamada a responder e a proclamar essa resposta em nossas vidas. Quando Pedro está na corte do sumo sacerdote (Lc 22,54-62), ele admite que não conhece Jesus. Precisamos encarar o fato de que, às vezes, nossas ideias de Jesus são transtornadas em suas cabeças; nós encontramos um Jesus que é diferente daquele que nós pensamos conhecer. Pedro foi chamado, novamente, a mudar sua compreensão do que Deus queria, quando Jesus lhe pediu para abraçar Cornélio, um gentio (Atos 10), ser vulnerável e abraçar a diversidade.
     
    Ao refletirmos sobre Jo 13,1-17, Jesus lava os pés dos discípulos, vimos que Pedro não queria que Jesus lavasse seus pés. Como Pedro, todos precisamos ser humildes, receber o ato de amor e serviço do outro e não estar em controle de todas as situações.Quando nos conhecemos a nós mesmos profunda e verdadeiramente, não teremos medo de mostrar nossa aparente fraqueza e, em nossa vulnerabilidade, exercer a liderança com amor como Jesus o fez.
     
    O dia foi concluído com um ritual muito emocionante, durante o qual cada pessoa presente, em silêncio, lavou os pés de outra pessoa e recebeu sua bênção – um ícone do serviço da liderança.
     

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